quarta-feira, 7 de março de 2018

Revestimentos nº 3: O Porcelanato



Porcelanato Elizabeth imitando madeira

Não é de hoje que alguns revestimentos — o azulejo, por exemplo, — tentam imitar outros revestimentos como pedra, madeira, e até mesmo metal. No entanto, o que era antes ‘mau-gosto’, pois tratava-se de uma cópia e não do original, hoje atingiu o status de quase perfeição.  Quem conseguiu essa proeza técnica foi o porcelanato.




É possível assentar pisos e paredes com porcelanatos que imitam outros materiais e não se dar conta de que é uma cópia. Sendo assim, porque preferir o material autêntico – pedra, digamos – que tem uma performance tão inferior?? (basicamente, azulejos são feitos de argila, e os porcelanatos de porcelana (muito mais resistente), daí o nome.) Como se pode ver no comparativo das fotos, o porcelanato resiste à umidade e seus efeitos maléficos enquanto a pedra (sempre porosa) é ‘atacada’ pela umidade e pelas pichações, não oferecendo muitas alternativas de conservação – sim, é possível aplicar uma resina, mas os índices de absorção de umidade dos porcelanatos continuarão em níveis absurdamente baixos, sem contar a facilidade de remover sujeiras, o que depende também da rugosidade do material.



Há tantas opções de porcelanatos que é impossível fazer uma lista. O erro mais comum, no entanto, é escolher um porcelanato em uma loja pela “beleza” de uma peça, para depois descobrir que o mesmo material, aplicado a superfícies grandes, assume um padrão repetitivo/enjoativo, totalmente artificial. No caso de imitação de pedra ou madeira, chega a ser constrangedor ver algo tão mal feito, a ‘madeira’ ou ‘pedra’ que não engana ninguém, como na foto acima.

Mas esses ‘falsos revestimentos’ não são apenas os mais baratos. Alguns porcelanatos caros também têm esse problema, ou por fazer uma ‘pedra’  cujos veios não enganam, ou porque há poucas variações nas peças. O ideal é procurar aquele cujas peças vem em 4, 5 ou 6 modelos diferentes (em geral discretos, sem grandes veios ou variações de cor), que permitam um lay-out (quase) natural.  Afinal, se é para fazer uma imitação mal feita, seria melhor colocar um porcelanato de uma cor só.



Dentre os porcelanatos mais bem sucedidos, estão aqueles imitando concreto ou cimento, pela cor discreta, muito adequada a pisos — como nesse exemplo de um banheiro da Revista Arquitetura e Construção.  A foto mostra uma tendência: que os porcelanatos estão sendo usados até para fazer banheiras e pias — o que chega a ser um exagero.  Na minha opinião é melhor optar por outros materiais  e fazer uma composição equilibrada com diferentes cores e texturas, sem o risco de ficar enjoativo, aquele samba de uma nota só.

Apesar de haver inúmeras empresas, uma que merece destaque é a ELIZABETH CERÂMICA, empresa sediada no Nordeste, que se renovou e apresentou, nos últimos anos, muitos belos porcelanatos de qualidade e preço justo. São, comprovadamente, resistentes. Evidentemente, há outras, como Portobello, Eliane etc etc.


Revista Arquitetura e Construção


Mas é preciso lembrar os porcelanatos que aparentam ser madeira, como nessa capa da Revista Arquitetura e Construção, não tem a textura da madeira, o calor da madeira, a sensação da madeira, que temos ao pisar. O porcelanato, então, pode ser adequado para uma composição específica, para o uso de um local específico, mas não se pode achar que é madeira 'e pronto'. Da mesma forma, os vinílicos também imitam a madeira, mas não têm o seu calor. A solução, então, é testar o material antes de escolher (pisar, sentir a textura), e se possível fazer uma simulação em um aplicativo tipo Photoshop para saber qual será o resultado final.

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4 comentários:

  1. Esses porcelanatos podem bem bonitos, sim!! eu prefiro os que não parecem nem madeira nem pedra.

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  2. Boa análise!! Estou pensando em uma pequena reforma, isso veio a calhar!

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  3. é verdade, temos problemas de conservação umidade e o porcelanato se tornou um queridinho mas ainda tem as pedras, e revestimentos agora que absorvem a água

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